sexta-feira, 13 de março de 2009

Crônica do Natal de 2004


Essa aconteceu mesmo: família viaja feliz, véspera de Natal. Antes de encarar a tradicional reunião familiar, uma paradinha num hotel na serra, que é uma beleza.
Um bom restaurante, um bom vinho - todo mundo sabe que adoro! -, boas conversas, clima ótimo, cama box – m-a-r-a-vilhosa. Sem contar o café da manhã, que tinha até iogurte de leite de cabra – é só para contar porque nem provei. Perfeito. Tudo maravilhoso, incluindo um desconto fabuloso no preço, já que era praticamente só o pernoite.
Dia 24, viagem tranquila, rumo ao encontro de família. Um caminho bucólico, sem trânsito, riozinho correndo, pomar de pêssegos - pegamos alguns -, resolvemos até fotografar as igrejinhas que encontramos pelo caminho, cinco, uma mais gracinha que a outra.
Quando faltavam poucos quilômetros para chegarmos, algo batia no porta-malas. Eu disse porta-malas? Malas?
Elas tinham ficado no hotel!
Estávamos, pai, mãe e filha, só com as roupas do corpo, os presentes para os parentes e bolsas com documentos.
Até o sapo Frog, companheiro inseparável da Lívia, tinha ficado fazendo companhia a uma mala e uma sacola.
Celular, sabe como é: dois sem bateria e um sem crédito, ou seja, nada disponível!
Superados nervosismo e irritação, chegamos. Aí vieram as brincadeiras sobre “malas sem bagagem”, “os-esquece-tudo” e “que bocabertice”. Ninguém merece.
Para encurtar a história, como diria o Beroca(esse pouca gente conhece): no mesmo dia, véspera de Natal, um carro do hotel andou 250 km para nos trazer as bagagens.
Como o funcionário não sabia o endereço, o encontro para a entrega foi na praça central da cidade, enfeitadíssima para o Natal. O moço foi logo identificado e, em nome do hotel, pediu desculpas pelos transtornos. Só então, entregou à dona o enorme sapo verde de pelúcia, que, desajeitado, carregava no braços.
A intenção era convidar o funcionário do hotel a ceiar conosco, mas consideramos que ele devia estar querendo mesmo era voltar para casa, o quanto antes e, assim, preferimos presenteá-lo com um bom vinho e um panetone.

Um comentário:

  1. não esqueceu nem do meu velho frog HEUAIHE ótima essa nossa história, né?

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